
Estava presente na bancada, quando a seleção Alemã atropelou o Azerbaijão enfiando um chocolate de 4 tentos na semana passada. Miroslav Klose entrou apenas no segundo tempo, marcando ainda 2 gols, e como diria o velho José Trajano, me recuso em acreditar que esse cara seja considerado craque.
O que mereceu destaque nessa partida foi o clima da torcida. Já falei sobre o fanatismo alemão em relação ao futebol e seus respectivos clubes, mas nunca tinha visto essas manifestações para com o País ou a Nação, seja lá o que isso signifique.

Hoje, o comportamento padrão de um Alemão, em relação à quase tudo na vida, é sempre negativista. E quando o assunto vai para história ou política, a reação é sempre de culpa na defensiva.
Não vou dissertar sobre as razões de disso tudo, mas é irritante por aqui esse clima eterno de que nada dar certo e que tudo não presta. Qualquer iniciativa para com a vida que possas ter, sempre vai ter algum germânico do seu lado para lembrar que isso vai dar errado por analíticas razões. É o racionalismo levado ao extremo, onde todos morrem no pessimismo. Nietzsche não era Alemão por acaso...
Tudo isso se inverte quando o assunto é a Fußballnationalmannschaft, a gloriosa seleção alemã de Futebol. Tudo aquilo que era reprimido e considerado politicamente incorreto é liberado, é nesse momento que o

Esse é o Disturbio Bipolar da psicologia moderna germânica, durante as semanas e dias comuns, nada na alemanha presta e deve-se ter vergonha de ser alemão, mas se a seleção entra em campo, „Deutschland über alles” eternamente. Essa atitude, nem Sigismund Schlomo Freud explicaria!!!
Os „Nationalelf”, os onze da seleção nacional, canalizam um orgulho nacional que não

Vi amigos e colegas que jamais se comportariam dessa forma numa situação cotidiana, pessoas que até já me repreenderam por ter aprendido as notas musicais do hino national alemão. Mas quando a Mannschaft entrou em campo cantaram com todo rigor e orgulho a velha „Das Lied der Deutschen”
Muitos chamam isso de patriotismo, outros de social-chauvinismo e alguns simplesmente de saudosismo, mas isso é um outro debate.
Se o Brasileiro só é patriota em época de copa do mundo,
Um Alemão só tem direito ao patriotismo quando o assunto é Futebol.
Muito massa o texto, cara!
ResponderExcluirConheci um alemão há uns anos... E chegava a ser "engraçado" a forma como ele se comportava quando começávamos a discutir política e história. Ele realmente se colocava em uma posição defensiva e demonstrava uma enorme vergonha. Mesmo ele sendo um jovem de 20 anos (na época).
fred,
ResponderExcluirgostei muito do texto. essa relação de amor no futebol e ódio no cotidiano da população alemã em geral relacionada à sua pátria não me parece muito diferente da que vemos em terra brasilis.
desviando um pouco do assunto, gostaria de sugerir o tema do orgulho regional e a sua manifestação no futebol de clubes por aí.
abraço,
davi
desviando um pouco do assunto, gostaria de sugerir o tema do orgulho regional e a sua manifestação no futebol de clubes por aí.²
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Gosto muito do blog, mas acho que as postagens estão se afunilando muito à alemanha, gostaria de ler mais coisas sobre o resto do mundo.
Só dois reparos: Nietzsche, apesar de considerado filósofo alemão, nasceu em Röcken, hoje território da Suíça.
ResponderExcluirE o pessimista, na filosofia alemã, é Arthur Schopenhauer.
Judeu, acho que vc se enganou nessa observação aí sobre a nacionalidade de Nietzsche.
ResponderExcluirRöcken fica na Sachsen-Anhalt, bem no meio da Alemanha... Isso fica apenas a 2 horas e meia daqui de Hannover. Próximo de Leipzig...
http://www.virtusens.de/walther/roecken.htm
Complicado pq o nacionalismo deles é reprimido, o que é péssimo.
ResponderExcluirContinuem com o blog, muito bom sempre
ROGER
Verdade, estás certo. Confundi com o tempo que ele lecionava em Basel, essa sim, na Suíça.
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