Geral do Grêmio x Portão 18 - Parte 1

Postarei, aqui, uma matéria sobre a divisão da Geral e nascimento da Portão 18. O relato foi enviado por um integrante da Portão 18 e já sabendo que existem 2 versões das história, o Blog, desde já, se diz à espera de um relato de um integrante da Geral sobre esses fatos. Por este motivo, esta matéria se chama de Parte 1, já que a Parte 2 será feita por alguém da Geral.

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"Para contar sobre a história do Portão 18, preciso contar da história da “Geral”, e para contar a história da “Geral”, precisa começar na época em que X gremistas estavam na TJG (Torcida Jovem Gremista).

1) O INÍCIO DA GERAL DO GRÊMIO

Desde os anos 90, já se tinha a idéia de trazer alguns ritmos e influência das torcidas da Argentina pra dentro do estádio do Grêmio. Alguma coisa até aconteceu dentro da TJG, mas nada além de algumas músicas básicas e de fácil melodia. Em 2001, esse pessoal que curtia mais o alento e não as batidas de samba/funk começou a desobedecer ao núcleo da TJG e cantava sem parar músicas somente pró-grêmio, e não, o que estava sendo tocado na charanga. Final das contas, esses X gremistas foram expulsos da Organizada. No próximo jogo, estavam eles atrás da outra goleira, entre 1 dúzia de pessoas cantando. Entravam pelo portão 18 do estádio olímpico, numa época onde o público do estádio era menor a 10 mil pessoas por jogo. Com o passar dos anos, o movimento foi aumentando de tamanho e junto com ele, o Grêmio, devido à péssima administração, ia mergulhando em um declínio até chegar ao fundo do posso: a Série B.


2) FENÔMENO GERAL NA ARQUIBANCADA

Em 2005, entrou a direção do presidente Paulo Odone (hoje deputado estadual), e para trazer o Grêmio de volta à elite do futebol brasileiro, necessitava do apoio da torcida gremista. A partir daí, o Sr. Odone começou a incentivar a torcida que na época encantava os olhos daqueles que iam ao olímpico, e que até então, era algo inédito em estádios brasileiros: a geral. Ele viu que o movimento já estava grande demais, e ordenou para que trocassem seu lugar, passando do Portão 18, ao Portão 10, atrás da outra goleira.

Com a ascensão gradativa do time, a ascensão da geral dentro do clube crescia também, e com isso, começaram a aparecer às passagens, e as entradas bancadas pela direção.

3) AUGE E DECLÍNIO DA GERAL

Raiava o ano de 2006, Grêmio de volta a 1ª divisão do campeonato nacional empolgado após ser campeão estadual depois de um empate 1 a 1 na casa do nosso tradicional rival, e a Geral já era vista como um fenômeno social em todo o estado e sendo apontada como a única torcida de verdade do Brasil. E, os subsídios cada vez aumentando mais.

Já em 2007, Grêmio na Copa Libertadores, tentando reconquistar a América que naquele ano estava sob o domínio da maior amargura do continente. Com campanha extraordinária, Grêmio chega a final contra o multi-campeão Boca Juniors e perde vergonhosamente. Com a perda do título, a tão famosa “geral” já havia perdido algo, mas que poucos notaram, devido ao êxtase de estar disputando uma Libertadores após tantos anos sem ser campeão de competições grandes, (coisa que o grêmio sempre esteve acostumado a ganhar). Esse algo se chama “ideologia”. Devido a fama e, principalmente, a renda ($$$) que a torcida estava tendo naquele momento, um pessoal das antigas Torcidas Organizadas do Grêmio migraram para a geral, e acabaram aos poucos mas velozmente, no topo da hierarquia interna, e a torcida ficou ‘a cara’ disso. Incentivado pelo discurso dos leigos de “não podemos mais imitar os argentinos”, o povão que não faz noção alguma de ideologia de barra e t.o., aceitou como se nada houvesse acontecido, e então a geral deixou de ser o que era até 2005/06.

4) A DIVISÃO DA GERAL E NASCIMENTO DA P18

Foi em 2008 que uma torcida já totalmente distorcida pela falta de sabedoria, corrompida pela ganância do dinheiro e com inúmeros casos de arrogância e totalitarismo por parte do comando se dividiu após o fundador da Geral,“chutar o balde” no meio do ano e anunciasse que estava indo de volta ao Portão 18, retornando ás origens. No meio do campeonato, muitos disseram que não era a hora certa, outros ainda não entendiam o porquê dessa atitude, e até o final do ano, ficou ele, e mais alguns pouquíssimos que também saíram devido ao rumo que a Geral estava tomando. Houveram ameaças por parte de integrantes da Geral, e numa ocasião, ocorreram até tiros (2 feridos) entre torcedores das 2 torcidas. Mas nem assim o pessoal saiu do lado do Portão 18.

No início de 2009, Sr. Odone já não era mais presidente do Grêmio. Quem assumiu foi Duda Kroeff, um candidato da chapa oposta a de Odone, cuja a Geral estava apoiando aberta e explicitamente. Kroeff assume a direção gremista com o discurso de acabar com os subsídios para as torcidas para que não ocorra mais nenhum atrito entre elas. E de fato, essa proposta foi cumprida. A geral, por sua vez, ao invés de seguir apoiando e cantado para o Grêmio, resolveu ficar de braços cruzados devido a atitude do novo presidente: Não viajou para o interior do estado no Camp. Gaúcho já que não tinha o apoio da diretoria. Apesar de continuarem cantando durante o jogo inteiro, eles, antes dos jogos, passaram a protestar fortemente contra a direção.


5) A VELHA ESCOLA - PORTÃO 18

“Queremos resgatar a essência de liberdade como ideologia, da luta pelos ideais da nossa terra, da nossa história, da nossa gente. Alentar sem parar, com alma e coração. antes, durante e depois das batalhas na cancha. Resgatar a nossa cultura, as origens, influências platinas – identificação com a Argentina e o Uruguai, o nosso espírito copero! Queremos de volta a nossa velha alma castelhana! Grêmio Football Porto Alegrense acima de toda e qualquer legenda!”.

Com essa explicação vinda de ums dos fundadores da nova Barra, fica fácil perceber quais são os ideias da torcida. A torcida localizada no Portão 18 do Olímpico, já reune um grande número de intregrantes levando em conta o pouco tempo de existência.

18 vive. Esempre pelo tricolor, pensando no Grêmio e só no Grêmio. "Povo que não tem virtude acaba por ser escravo", já diz o hino do Rio Grande do Sul.

Apesar das desavenças, espero que as coisas se acalmem, como já vem acontecendo, e Geral e Portão 18 passem um dia a se preocupar com apenas uma coisa: o Grêmio e nada mais. Foram com esse propósito que ambas foram criadas e seria encima deste ideal o começo, meio e fim das 2 torcidas.

DALE TRICOLOR !"


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