Revolução No Nordeste Brasileiro

Uma das maiores e mais fanáticas torcidas do Nordeste brasileiro, durante a série B de 2008, tomou uma atitude atípica para os padrões ‘’conformistas’’ das torcidas brasileiras. O CRB, time alagoano, ia de mal a pior na Série B, ficando praticamente o torneio todo na zona de rebaixamento, então sua torcida inconformada com a situação do clube, decidiu tomar o poder do clube. Diferentemente de muitas revoluções populares durante a história do mundo, o ‘povo’ venceu, e restabeleceu um novo poder.

Os torcedores regateanos, começaram a pressionar a diretoria e em especial o presidente Wilton Figueroa, dentro dos estádio durante os jogos, a situação foi evoluindo, a revolta aumentando, culminando na tentativa de invasão da casa do dirigente, que chamou a policia para dispersar os invasores. No dia seguinte, Wilton Figueroa pediu afastamento do clube, alegando problemas de saúde. A torcida venceu. Dias após a queda do presidente, as torcidas organziadas e não-organizados do CRB decidiram se unir, formando um projeto chamado ‘Galo Para Frente!’, que consiste na gestão do clube e reconquista da credibilidade do clube no cenário nacional. O movimento, colocou na presidente do CRB, José Serafim, que foi eleito por voto popular da torcida.

O projeto ainda é recente, mas está dando frutos. Os organizadores dessa campanha, obtém verbas através de rifas, e vendas de produtos doados, em prol de reerguer o clube financeiramente. Parece pouco? Mas qual ‘revolução’ não começou por baixo? O movimento também tem outros projetos como a campanha ‘’CRB Meu Único Time’’, que consiste em remover, ou reconquistar grande parcela de torcedores alagoanos que perderam a essencia dos clubes do estado e viraram adeptos de clubes do eixo Rio-São Paulo. Os adeptos do projeto, usam no estádio uma camisa escrita ‘’CRB Meu Único Time’’, levam uma bandeira de Alagoas, tudo para chamar atenção do povo alagoano e restar esse orgulho do estado.

Nesse mesmo projeto, os membros também querem combater a presença de cambistas nos jogos do clube e qualquer atitude que ainda possa prejudiciar mais ainda a situação financeira do clube, que já é crítica.